RD August 2019 | -

Sunday, August 25, 2019

Fernanda Young: uma triste perda!



Não conheci Fernanda Young pessoalmente. Sempre a imaginei uma mulher maravilhosa, daquelas que dá gosto a gente conviver. Quando jovem, na faixa dos meus vinte/vinte e cinco anos atuei como fotógrafo e estive com  diversas personagens do mundo artístico. Umas no início de carreira, outras já consagradas. Certamente se já desfilasse no meio teria feito um clique da  Fernanda. 
Tornei-me seu fã desde a primeira publicação que li, acho que no “O Globo”. Falava sobre si mesma, sobre as dificuldades enfrentadas em sua vida, sobre pensamentos em suicídio e de como conseguiu superar tudo isto e se tornar a artista polivalente que todos passamos a conhecer. Nunca mais parei de ler seus escritos!
Não me lembro de sentir tanto a morte de uma pessoa desconhecida fisicamente para mim como estou sentindo agora. Nem Amy Winehouse quando se foi me deixou tão triste. Dói quando perdemos um artista de talento. São tão poucos. Jovens ainda é demais! Que Deus conforte sua família num momento tão doloroso e receba nossa inesquecível e talentosa artista em seus braços!

Wednesday, August 07, 2019

Friday, August 02, 2019

Diretor do INPE exonerado por dizer a verdade

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que esteve no centro da polêmica com o presidente Jair Bolsonaro sobre os dados que mostram alta do desmatamento da Amazônia, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, 2. A publicação ainda não foi feita em Diário Oficial, mas cientistas e a Procuradoria do Meio Ambiente já reagiram à exoneração.

 O pesquisador estava no Inpe desde 1970 e cumpria mandato à frente do órgão até 2020. Ele deixa a direção do instituto após duas semanas de intenso bombardeio por parte do governo às informações do instituto que mostram que desde maio os alertas de desmatamento da Amazônia dispararam, atingindo em julho o valor mais alto desde 2015 para um único mês. 

O desmatamento observado pelos alertas entre agosto do ano passado até 31 de julho é 40% maior do que o período anterior. A decisão, que já era esperada, foi anunciada por ele mesmo após reunião que teve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. “Diante da maneira como eu me manifestei com relação ao presidente, criou um constrangimento, ficou insustentável e eu serei exonerado”, afirmou Galvão a jornalistas que estavam em frente ao ministério após a reunião. Em sua conta no twitter, Pontes mandou “abraços espaciais” a Galvão. “Agradeço, pela dedicação e empenho do Ricardo Galvão à frente do Inpe. Tenho certeza que sua dedicação deixa um grande legado para a instituição e para o país. Abraços espaciais”, escreveu. 

A polêmica começou com declarações de Bolsonaro no dia 19, quando, em encontro com jornalistas estrangeiros, ele acusou os dados do Inpe de serem “mentirosos” e insinuou que Galvão estaria “a serviço de alguma ONG”. Em entrevista ao Estado no dia seguinte, o pesquisador reagiu afirmando que a atitude do presidente foi “pusilânime e covarde”. Os dias seguintes foram marcados por várias outras manifestações de Bolsonaro questionando as informações e dizendo que sua divulgação prejudica a imagem do País. 

Ele também afirmou que queria receber as informações antes de elas serem tornadas públicas. Pontes também endossou o chefe e afirmou que compartilhava o estranhamento sobre os dados. Ele convocou Galvão a dar explicações, mas a reunião entre os dois só aconteceu nesta sexta. Na quarta, técnicos do Inpe estiveram reunidos com Pontes e também com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para explicar como é feito o monitoramento. Após a reunião, Salles admitiu pela primeira vez, desde o início do imbróglio, que o desmatamento está em alta na Amazônia, mas voltou a falar que havia problema com os dados, como uma suposta duplicação de alertas e desmatamentos mais antigos que estariam sendo vistos somente agora. Para fazer tais afirmações, Salles comparou os dados do Deter, o sistema de detecção em tempo real do desmatamento, com imagens de um outro sistema, chamado Planet, que foram compradas pelo Ibama.

Diretor do INPE exonerado por afirmar