Segundo dados recentes do IBGE, o grupo dos 1% mais ricos da população
brasileira tinha um rendimento médio (de todos os trabalhos) de R$ 28.040
mensais no ano passado, 36,1 vezes acima da que recebia a metade mais pobre da
população no período (R$ 754). Os números que mostram a concentração de
renda existente no país são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), que divulga nesta quarta-feira estatísticas sobre o tema pela Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, referentes a 2017.
Segundo o instituto, essa proporção era
praticamente a mesma no ano anterior, quando o grupo 1% mais rico da população tinha
um rendimento 36,3 vezes maior do que a metade com os menores rendimentos.
Essa concentração de renda é desproporcional para o
padrão global. Pesquisa divulgada pelo projeto World Wealth and Income Database
(WID, banco de dados coordenado, entre outros, pelo economista francês Thomas
Piketty) no fim do ano passado mostrou que o grupo 1% mais rico da população
mundial tinha 20% da renda global.
De acordo com o IBGE, a região Nordeste teve, mais
uma vez, o pior indicador de desigualdade da renda: 44,9 vezes, muito acima da
razão de 39,9 do ano anterior. No Centro-Oeste, a razão passou de 28 vezes para
33,1 vezes.
O IBGE também divulgou a concentração de rendimento
considerando a renda de todas as fontes, o que inclui o rendimento do trabalho,
aposentadoria, pensão, aluguéis, programas de transferência etc. Nesse caso, o
grupo dos 10% mais ricos concentrava 43,3% da massa de renda, ou R$ 113,9
bilhões. Já o grupo dos 10% mais pobres ficava com apenas 0,7% da massa total.
Trabalho
Com o mercado de trabalho ainda patinando, o número
de brasileiros que recebia alguma renda fruto do trabalho recuou em 2017, na
comparação ao ano anterior, ao passo que a parcela da população que recebia
rendimentos de aposentadoria ou pensão apresentou um ligeiro incremento. De
acordo com dados do IBGE, 14,1% da população residente no país recebia recursos
de aposentadoria ou pensão, o que equivale a 29,14 milhões de pessoas. Em 2016,
a proporção era de 13,9%.
Ao mesmo tempo, 41,9% da população brasileira tinha
alguma renda do trabalho, proporção menor do que a verificada no ano anterior,
de 42,4%. Isso significa que o total de brasileiros com renda do trabalho
recuou de 87,1 milhões para 86,78 milhões de pessoas de 2016 para
2017. "Essa é uma queda significativa e importante", disse o
coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Do total de 207,1 milhões de pessoas residentes no
Brasil no ano passado, 124,6 milhões (60,2%) possuíam algum tipo de renda
(trabalho, aposentadoria ou pensão, aluguéis etc). A região Sul tinha uma
proporção maior de pessoas com renda: 66%. Essa parcela era menor nas regiões
Norte e Nordeste, de 52,6% e 56,5%, respectivamente
A pesquisa mostra ainda que 2,4% da população
recebia pensão alimentícia, doação ou mesada, mesmo percentual verificado no
ano anterior. No caso dos aluguéis, os brasileiros que recebiam esse tipo de
renda representavam 1,9% do total da população, ligeiro aumento na comparação
ao ano anterior (1,8%). população brasileira tinha um rendimento médio (de
todos os trabalhos) de R$ 28.040 mensais no ano passado, 36,1 vezes acima da
que recebia a metade mais pobre da população no período (R$ 754). Os números
que mostram a concentração de renda existente no país são do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Estas informações indicam uma preocupação para a
sociedade brasileira e o seu futuro. Tamanha desigualdade social caso não venha
a ser combatida o mais brevemente possível, permitindo, portanto, que se
acentue cada vez mais, tornará ainda mais violenta a convivência entre nossa
população. Hoje estamos vivendo altos índices de criminalidade espalhado em
todo o nosso território. Aqueles que nada tem, resolveram tomar, na marra, o pouco
que lhes é negado por um sistema político que aposta na exclusão social.
Acostumados que somos com a postura cordata, para
muitos até mesmo acovardada, de nossa população, carente de todo tipo de
recursos, não percebemos que quando a revolta se estabelecer, não há força
policial nem forças armadas capazes de deter a ira de um povo em qualquer parte
do mundo.