RD May 2020 | -

Saturday, May 23, 2020

Thursday, May 21, 2020

Monday, May 18, 2020

Feliz Aniversário

Quero desejar um Feliz Aniversário e dizer que adoraria estar próximo para, mesmo em período de isolamento, quebrar todos os protocolos e dar um forte abraço, seguido de um beijo bem carinhoso. Obrigado por todos os momentos felizes que passamos juntos. Saiba que se houvesse uma permissão divina, eu os viveria  novamente sem pensar duas vezes. Felicidades Guerreira!.

Sunday, May 17, 2020

MARINA FREIRE - MÉDICA: DESABAFO

Marina Freire: DESABAFO 

1 - Sou médica, trabalhando na linha de frente do COVID19 e após quase 2 meses trabalhando quase todos os dias da semana, hoje eu só chorei;

2 - Chorei porque não aguento mais ter que escolher quem tem mais chance de viver;

3 - Chorei porque não aguento mais ver familiares se despedindo dos pacientes no ato da internação enquanto eu penso que isso pode ser o último abraço que eles podem dar;

4 - Chorei vendo famílias devastadas com várias mortes causadas por essa doença escrota;

5 - Chorei por imaginar que pode ser alguém da minha família naquela situação;

6 - Chorei vendo gente da minha idade com o pulmão todo comprometido;

7 - Chorei porque não aguento mais ver meus colegas de profissão e funcionários da Upa em que trabalho chegando graves no plantão para serem internados;

8 - Chorei por ter que parecer forte todos os dias e dar palavras de conforto quando por dentro nós todos estamos devastados;

9 - Chorei por não ter mais pontos de oxigênio pra internar ninguém. Chorei por me sentir inútil naquele momento;

10-E o pior de tudo é sair de um plantão caótico e ver gente nas ruas como se nada estivesse acontecendo. Pessoas bebendo, aglomerando, fazendo festinhas... AÍ SIM eu me sinto uma imbecil. Sinto que to enxugando gelo;

11-Então, se você se comoveu com esse relato ou teve um pouquinho de empatia ao se colocar nos nossos lugares, por favor, FIQUE EM CASA. Se cuide, cuide dos seus familiares!
          

Saturday, May 16, 2020

Revelação do Intercept coloca família Bolsonaro no caso Marielle

Reportagem revela um dos motivos para que o presidente tenha pressionado Moro pela troca do comando na Polícia Federal


Por Cleber Lourenço




A reportagem deste sábado (25) do The Intercept Brasil revelou que o filho de Jair Bolsonaro lucrou com a construção ilegal de prédios erguidos pela milícia usando dinheiro público. É o que mostram documentos sigilosos  aos quais o portal teve acesso.

O andamento dessas investigações é um dos motivos para que o presidente tenha pressionado o ex-ministro Sergio Moro pela troca do comando da Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, em Brasília. 
Antes de começarmos, recomendo que leia minha coluna do ano passado onde falo sobre os 16 anos de Bolsonaro com as milicias.

Vamos ao que importa. Para que tudo faça sentido, precisamos focar no discurso destrambelhado do presidente que foi feito nesta sexta-feira (24) em replica ao discurso de Sergio Moro. Aqui, já pegamos algo interessante: Bolsonaro admitiu que pediu troca da PF no Rio por caso Marielle.

O começo do discurso não trazia grandes novidades quanto à loucura do presidente. Contudo, acabou virando uma tentativa desesperada de desvencilhar-se dos mais de 16 anos de elogios e aproximações com milícias e milicianos.
O desespero começou aqui: “Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir, implorar a Sergio Moro, que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? A PF de Sergio Moro mais se preocupou com Marielle do que com seu chefe Supremo”. E continuou: “Cobrei muito deles isso daí. Não interferi. Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber. Entendo, me desculpe senhor ex-ministro: entre meu caso e o da Marielle, o meu está muito menos difícil de solucionar”.
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O que o presidente diz não fez sentido, se ele queria tanto respostas sobre o caso Adélio Bispo, por qual motivo a defesa do presidente não recorreu contra decisão que absolveu o agressor?
Foi quando ele mencionou o caso das gravações do porteiro: “Será que é pedir à Polícia Federal, quase implorar, via ministros, que fosse apurado o caso Marielle, no caso porteiro da minha casa 58, na avenida Lúcio Costa, 3100?”
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A coisa fica pior ainda quando lembramos que o MP carioca desmentiu o tal do porteiro que incluiu Bolsonaro no caso Marielle sem perícia o computador onde estavam os arquivos.

Além disso, a planilha de acesso ao condomínio só se tornou alvo da investigação em outubro, quando peritos conseguiram acessar dados do celular de Lessa. O aparelho foi apreendido em março, no dia da prisão, mas estava bloqueado por senhas.
Ao conseguir desbloquear o celular, os investigadores notaram que a mulher de Lessa enviou em janeiro para o marido uma foto da planilha de entrada do condomínio que indicava acesso à casa 58, que é a casa de Jair Bolsonaro. Para piorar, o porteiro que liberou a entrada do miliciano não era o mesmo que prestou depoimento.

Em nenhum momento Moro ligou Bolsonaro a milícias em sua despedida. Então, por qual motivo o presidente se desesperou em comentar todos os episódios que envolvem as milícias e sua família? Acha que estou exagerando? Confira a íntegra do discurso do ministro. 
No final de 2019, Bolsonaro agiu de forma semelhante ao afirmar, do nada, o seguinte: “Vocês sabem o caso do Witzel, foi amplamente divulgado aí, inteligência levantou, já foi gravado conversa entre dois marginais citando meu nome para dizer que eu sou miliciano. Armaram”.
E mais! Quem seria essa “inteligência” que Bolsonaro menciona, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)? O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)? Fiz todas estas perguntas em uma coluna na ocasião.
Uma semana antes Bolsonaro já havia falado sobre a mesma coisa, algo que também pontuei: “No caso Marielle, outras acusações virão. Armações, vocês sabem de quem”.

A horda bolsonarista ficou em pânico por dias e o Palácio do Planalto também. Bolsonaro e apoiadores tentaram tirar o foco de tudo com uma história sobre um câncer de pele do presidente.

É agora que pegamos o pulo do gato! Bolsonaro sancionou uma lei que dispensa o Habite-se, documento obrigatório para escrituração de imóveis. A nova lei permite que famílias situadas em áreas de baixa renda registrem seus imóveis sem a apresentação da certidão do Habite-se.
Morte encomendada

Em dezembro de 2018, o general Richard Nunes, que era secretário da Segurança Pública do Rio, afirmou que a morte de Marielle estava encomendada desde 2017. Segundo palavras do general: “Milícia matou Marielle pela ocupação de terras”.

Agora, em uma confluência de coincidências, o The Intercept Brasil revelou que a investigação do Ministério Público carioca aponta que Flávio se beneficiava das ocupações de terras e construções de edifícios pelas milícias.

Reforço! A matéria apontou que a rachadinha no gabinete estava financiando a ocupação e construção ilegal pelas milícias, segundo o MP.

A investigação mostra que a mãe e a mulher de Adriano movimentaram ao menos R$ 1,1 milhão no período analisado em paralelo com a rachadinha por meio de contas bancárias e repasses em dinheiro a empresas, entre elas, uma loja de material de construção

Adriano da Nóbrega e dois outros oficiais da PM integrantes do grupo – o tenente reformado, Maurício da Silva Costa, e o major Ronald Paulo Alves Pereira – usaram, segundo os promotores, nomes de moradores de Rio das Pedras para registrar as construtoras na junta comercial do Rio.
Sabe quem é Ronald Paulo Alves Pereira? Suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. Para onde ia o dinheiro segundo a investigação? Para a milícia acusada de organizar e planejar a morte da vereadora.

Dados do inquérito que o The Intercept teve acesso comprovam que Adriano, Costa e Ronald Pereira eram os “donos ocultos” das construtoras ConstruRioMZ, São Felipe Construção Civil e São Jorge Construção Civil. As três empresas foram registradas na junta comercial no segundo semestre de 2018.
Tanto Adriano quanto Ronald foram condecorados por Flávio Bolsonaro. Isso quando já estavam sendo acusados de envolvimento em uma chacina. Segundo um ex-colega de cela do miliciano morto Adriano Magalhães, Flávio era um visitante costumaz da carceragem.

Um outro ponto que chama a atenção nesse caso todo é a morte do miliciano Adriano Magalhães.

Eduardo esteve em Salvador no mesmo final de semana em que o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto em uma operação da polícia na cidade de Esplanada, na região rural do Estado da Bahia, que está a cerca de quatro horas de distância da capital Salvador.
Eduardo inclusive suspendeu, dias antes, na mesma sexta-feira, sua agenda pela região Nordeste, conforme um vídeo divulgado para seus apoiadores. Se você ainda não acha que a revelação do Intercept foi grave, tenho uma péssima noticia: perdemos a noção de gravidade nesse país.

 Tudo que foi publicado hoje é grave. Infelizmente, temos um presidente que comete barbaridades diariamente e banalizou isso. Entendam. Diferente dos apoiadores de Jair Bolsonaro, eu jamais irei trabalhar com a presunção de culpa, são todos inocentes até que se prove o contrário. Porém, o que mais me incomoda nisso tudo são as “coincidências”.
Essa publicação tem como fonte uma série que publiquei no meu Twitter:

Friday, May 15, 2020

Wednesday, May 13, 2020

Tuesday, May 12, 2020

Não tenhamos ilusões: as Forças Armadas apoiarão, sim, um autogolpe de Bolsonaro. Por José Dirceu

Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, se não reagirmos e não dermos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição.
Não há mais dúvidas. De novo nosso Brasil e sua democracia enfrentam o risco e a ameaça do militarismo. Não se trata apenas de presença de 3 mil militares, inclusive da ativa, no governo federal, mas da tutela aberta militar sobre o país, da volta do militarismo, da politização das Forças Armadas.

Não será a primeira vez. Toda nossa história republicana está marcada pela atuação dos militares como uma força política — no caso armada —, disputando o poder e os rumos do país. Foi assim na instauração da República em 1889; nos anos 1920 e 1930 com o tenentismo; em 1937 quando o Estado Maior do Exército apoia o autogolpe de Getúlio do Estado Novo. Durante toda década de 1950, facções das Forças Armadas aliadas à direita tentaram dar golpes de Estado: em 1950 para impedir a posse de Getúlio; em 1955, para impedir a posse de JK; em 1961 para impedir a posse de Jango como presidente. Se os três primeiros fracassaram, o quarto golpe, em 1964, foi vitorioso, com a destituição pela força das armas de um governo constitucional e democrático que contava com o apoio da maioria do povo.
É preciso registrar que os dois golpes em que os militares assumiram o poder, de 1937 a 1945, na ditadura do Estado Novo, com Vargas, e de 1964 a 1985, com militares diretamente no comando do país, foram marcados pela impunidade. São fatos históricos. Os militares brasileiros que torturaram e assassinaram durante a ditadura militar jamais reconheceram seus crimes, dos quais, aliás, foram anistiados, caso único na América Latina.
Não há uma ala militar ou um núcleo militar no governo Bolsonaro. Seja pela razão que for, o governo é militar, a presidência e o Palácio do Planalto, oito dos 22 ministérios e cada vez mais militares assumem as secretarias de outros ministérios como no da Saúde, sem falar das estatais e autarquias. A cada dia fica evidente que as operações políticas e planos do governo, como o Pro-Brasil, são realizadas pelos militares. Suas digitais estão em movimentos como a cooptação do Centrão para a base do governo na Câmara dos Deputados com distribuição de cargos, ou a guerra política contra a oposição, o STF e a imprensa. Estão presentes na orientação das políticas indígena, ambiental e educacional, e na gravíssima rendição total aos Estados Unidos na política externa, com a alienação de nossa soberania.
Os militares aderiram e apoiam toda gestão de Paulo Guedes na economia do país, inclusive o desmonte dos bancos públicos e as privatizações, a entrega das reservas e da riqueza e renda do Pré-sal, o desmonte da saúde e da educação pública, das universidades e centros de pesquisa. Mas, cinicamente, salvaram dos cortes e das reformas as estruturas militares, o orçamento das Forças Armadas, que não foi contingenciado, e sua Previdência. Enquanto o povo amarga uma reforma da Previdência que aumenta anos de trabalho, reduz benefícios e penaliza os pobres, os militares mantiveram seus privilégios: paridade, integralidade, sem limite de idade para aposentar, gratificações, verbas, ajudas, aumento real de vencimentos de 45%. Uma casta.

Tutela militar
Esta tutela se expressa desde o governo Temer. Quando do julgamento do HC de Lula na Suprema Corte, o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, publicou um twitter expressando que as Forças Armadas não o aceitariam e, o mais grave, publicou a foto da reunião do Estado Maior do Exército para demonstrar o apoio que tinha para praticar aquele crime constitucional. O mesmo Villas Boas que, agora na reserva, saiu em defesa da secretária da Cultura, Regina Duarte, que em entrevista recente defendeu a ditadura.
No dia 31 de março deste ano, os três comandantes militares assinaram uma nota de elogio e apoio ao golpe militar de 1964, sem que os poderes e as instituições se manifestassem ou coibissem essa escalada das Forças Armadas rumo ao poder. Mesmo na oposição e na mídia, poucas vozes se levantaram para protestar.
Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. De novo vemos a ilusão política que não haverá golpe de Estado. Não é bom acreditar em ilusões, quando já temos um governo militar e aqui, na vizinha Bolívia, foi dado um violento e covarde golpe de Estado com a Polícia Militar. Para o Exército sobrou a tarefa de exigir a renúncia do presidente Evo Morales.

É certo que razões políticas não bastam e não devem ser a justificativa para o impedimento constitucional de um presidente. É golpe parlamentar, como foi contra a presidente Dilma Rousseff, com a anuência e conivência da Suprema Corte. Mas todos os dias o presidente viola a Constituição e manifesta publicamente sua disposição rumo ao autoritarismo. Está evidente que ele capturou os órgãos de fiscalização, investigação, seja o COAF, a Receita Federal, o Ministério Público e agora a polícia judiciária da União, a Polícia Federal, para evitar exatamente a apuração e as investigações e processos contra sua família, filhos, partido, campanha e atuação na presidência, evitando assim um julgamento judicial ou pelo parlamento.
Se não encontra reação, sua estratégia, no curto prazo, continua sendo a de provocar e avançar sobre os outros poderes. A médio é formar uma maioria na Câmara, eleger em fevereiro do ano que vem um presidente alinhado com o governo e ao mesmo tempo esperar as aposentadorias na Suprema Corte para tentar anular sua ação constitucional. Objetivos que podem não ser alcançados e seu governo se arrastar até 2022, o que não seria um problema não fosse a gravíssima crise que o mundo e o Brasil vivem. A ação de Bolsonaro contra o isolamento social e a verdadeira sabotagem que ele e seu governo fazem em plena pandemia que já matou mais de 11 mil brasileiros já são razões mais do que suficientes para seu afastamento da presidência.

Hora de reagir
A oposição liberal de direita, os partidos PSDB-DEM-MDB e a grande mídia – ainda que aos poucos seus editoriais revelem o temor de um golpe – com exceções, não apoiam o impeachment do presidente. Evitam também a questão militar, preferindo apostar que as Forças Armadas como instituição não apoiariam um autogolpe. Esquecem as lições da história e o fato concreto de que Bolsonaro agita os quartéis, apela aos oficiais com comando e tem nas PMs e empresas de segurança uma reserva armada à sua disposição, fora suas milícias que hoje ocupam a Praça do Três Poderes exigindo o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo.
O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, quase automática, se não reagirmos e não colocarmos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição. E a toda e qualquer ação do presidente quando viola a Constituição usando as Forças Armadas ou as invocando.
Espero que não acreditemos em notas oficiais dos militares que repudiam o golpe ou reafirmam sua vocação democrática – incompatível com o apoio e a louvação ao golpe militar de 1964. A tradicional aversão militar ao conflito inerente à democracia, seu elitismo de achar que o povo não sabe votar, sua convicção recebida nas escolas militares de que eles são os únicos patriotas, seu histórico de formação positivista como o déspota esclarecido que Geisel bem representou, seu corporativismo exibido sem pudor na votação da reforma da Previdência, são ingredientes que apenas devem aumentar nossa convicção de que os militares têm que estar fora da política. Não podem ser agentes políticos pela simples razão que a nação os armou para a defender e não para a tutelar ou para nos submeter à tirania e à ditadura.



Saturday, May 09, 2020

Friday, May 08, 2020

Thursday, May 07, 2020